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Notícias e Artigos

Um website bem interessante

A Agência Espacial Europeia (ESA) oferece um website interessante para quem é fã das ciências do espaço. Por meio dele é possível a qualquer internauta rastrear as naves lançadas pela ESA. Só isso não seria novidade; existem outros websites com essa função, como por exemplo o https://www.n2yo.com/

O diferencial do site da ESA, identificado como http://estracknow.esa.int/#/2019-09, é que é possível acompanhar a comunicação entre as naves e as estações em terra. O usuário pode optar por selecionar o monitoramento que deseja pelo nome da missão ou pela estação de rastreamento em terra que se comunica com a espaçonave.

São fornecidos detalhes a respeito da nave e missão, e também da estação escolhida. Também é exibida estatística dos contatos efetuados entre a nave e cada estação.

Referências
https://newatlas.com/space/esa-estracknow-tracking-tool/
https://www.sciencetells.co.uk/estrack-now-the-guide-estrack-operations-our-activities-esa/
https://sciencesprings.wordpress.com/2019/08/31/from-european-space-agency-track-our-spacecraft/
http://m.esa.int/Our_Activities/Operations/Estrack/ESTRACK_now_-_the_guide
https://newatlas.com/space/esa-estracknow-tracking-tool/

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Os Emirados Árabes Unidos no espaço

Uma pequena nação, mas com alta capacidade de investimento. E entre as áreas escolhidas para investimento, o espaço é uma delas.

Das quase duas centenas de países neste nosso planeta, apenas uma dezena têm capacidade de construir, lançar e rastrear seus artefatos espaciais. Atualmente, esse é um fator fundamental para que uma nação tenha voz ativa no cenário internacional.

Cerca de metade dos países têm satélites de sua propriedade orbitando nosso planeta, mas poucos têm know-how para construir esses artefatos.

Os Emirados Árabes Unidos decidiram entrar com solidez na indústria espacial. Em 2014 nasceu a agência espacial governamental (UAESA – United Arab Emirates Space Agency (website https://space.gov.ae/ ), e há planos para enviar sondas espaciais para Marte. A ideia é lançar a nave Hope em julho de 2020, de forma que ela chegue a Marte e entre em órbita desse planeta em julho de 2021, momento em que será comemorado o 50º aniversário da fundação dos EAU.

 

Referências

https://www.n2yo.com/satellites/?c=&t=country

https://www.idc.ac.il/he/research/ips/Documents/publication/5/ShaulShay-UAE-SpaceRace15.10.18.pdf

https://spacenews.com/uae-to-establish-space-investment-plan/

http://emiratesmarsmission.ae/

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Povoando a Lua com tardígrados

A sonda israelense Beresheet foi lançada em 22-fev-2019, desde a base da USAF em Cabo Canaveral, por um lançador Falcon 9 B5 da SpaceX. Ela era a carga “secundária”, sendo que a “principal” era o satélite de comunicações geoestacionário PSN-6, da Indonésia.

A Beresheet foi desenvolvida pela instituição SpaceIL para divulgar o ensino e aprendizagem STEM (Science, Technology, Engineering, Math). Seu objetivo era pousar em nosso satélite natural: após lançada, ela entrou em órbita terrestre, e a cada órbita ela aumentava o apogeu. Este, na quarta órbita, estava tão distante e chegou tão próximo da Lua, que a nave foi capturada pela gravidade do astro e entrou em órbita lunar (04-abr-2019).

Nesse contexto ela tentou efetuar um pouso suave, mas problemas fizeram com que a desaceleração da nave fosse insuficiente, e ela impactou o solo lunar em 11-abr-2019. Fim da missão. Em agosto de 2019 foi revelado que a carga incluía … tardígrados! O impacto no solo destruiu a nave, e por decorrência, os tardígrados foram “liberados”, e passaram a habitar o solo lunar. O problema: tais organismos vivos são extremamente resistentes em condições adversas e provavelmente são os novos “habitantes” vivos da antes estéril Lua.

É importante citar que a Beresheet não foi a primeira nave a carregar seres vivos dessa espécie. Diversas outras sondas, inclusive voos tripulados, como as expedições à ISS, levaram a bordo várias espécies de seres vivos para realizar diversos estudos.

Referências
https://globalnews.ca/news/5730770/tardigrades-on-moon/
https://www.popsci.com/tardigrades-on-the-moon-alive/
https://www.bbc.com/news/newsbeat-49265125

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O escudo Whipple

Um dos maiores problemas enfrentados pelo desenvolvimento da sonda Giotto, lançada em 02-jul-1985 para estudar os cometas Halley e Greg-Skjellerup, foi como construir um escudo contra poeira. Estima-se que quando a espaçonave estivesse indo em direção a Halley, a velocidade combinada dos dois corpos (Giotto x grãos de poeira) seria de cerca de 245.000 km / h. A essa velocidade, um grão de poeira de 0,1 grama impactaria a nave com força suficiente para penetrar 8 centímetros em uma placa de alumínio sólido. Com um escudo tão espesso, o peso dela seria excessivo, e os cientistas procuraram outra alternativa.

A solução adotada foi um conceito idealizado em 1947 pelo astrônomo Fred Whipple [1906-2004]: o escudo consistia em duas folhas protetoras, separadas por 23 centímetros. A folha que recebe o primeiro impacto dos grãos de poeira tinha 1 milímetro de espessura de alumínio e vaporizava as partículas menores. As partículas maiores que excederam a primeira folha tiveram um impacto menor na segunda folha, que tinha 12 mm de espessura e era feita com kevlar (material sintético usado, por exemplo, em coletes à prova de bala). As duas folhas seriam suficientes para suportar partículas de até 1 grama em massa, 50 vezes mais rápido que uma bala (cerca de 1.700 km / h).

 

Referências

http://www.daviddarling.info/encyclopedia/W/Whipple_shield.html
https://swfound.org/media/50876/jiang_debrisshielding.pdf

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O hexágono de Saturno

O hexágono de Saturno (ver figura anterior) foi inicialmente identificado graças às imagens das sondas Voyager. É uma enorme formação de nuvens no polo norte do planeta, com cerca de 13.800 km de “diâmetro”. Diferentemente das demais nuvens visíveis da atmosfera do planeta, o hexágono não apresenta variação de longitude. Apesar de haver algumas teorias a respeito de quais seriam as razões da existência do hexágono – que só existe no polo norte – os cientistas ainda não chegaram a uma explicação definitiva para a questão.

É interessante notar que, como não há formações naturais sólidas e fixas visíveis em Saturno, é difícil calcular de forma precisa a duração do dia (tempo de rotação) do planeta. A Voyager 1 já havia efetuado medidas na década de 1980, mas confrontadas com as obtidas pela Cassini (década de 2000) foi identificada mudança superior a 6 minutos. Graças aos dados coletados pela Cassini foi possível identificar que o planeta rotaciona uma vez a cada 10h 39m 24s.

 

Referências

https://www.sciencealert.com/saturn-hexagon-jet-stream-towering-high-into-stratosphere-north-pole
https://earthsky.org/space/saturn-hexagon-tower-above-cloudtops
https://solarsystem.nasa.gov/missions/cassini/science/saturn/hexagon-in-motion/

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Uma ameaça à Apollo 11?

No início de 1969 a corrida espacial estava chegando ao fim. Duas tentativas soviéticas anteriores para lançar sondas não tripuladas às Lua haviam falhado em missões cujo objetivo era ir à Lua, pousar, recolher amostras do solo, e trazê-las à Terra. O mais importante da tarefa era o prazo: as amostras deveriam estar na Terra antes que os astronautas da Apollo 11 retornassem ao nosso planeta.

A última tentativa da URSS nesse sentido foi o lançamento da Luna 15, efetuado em 13-jul-1969 – três dias antes do lançamento da Apollo 11. O lançamento foi bem sucedido, a sonda chegou a entrar em órbita lunar, mas no procedimento de pouso, quando estava a cerca de 3 km de altura, as comunicações cessaram. Supõe-se que a nave colidiu em alguma montanha da Lua.

Como visto, a questão principal da missão é a coincidência de datas com a missão Apollo 11, que colocou os primeiros seres humanos na Lua. Houve preocupação da mídia ocidental e do próprio governo dos EUA de que houvesse a possibilidade de a Luna 15 tentar, de alguma forma, atrapalhar (ou sabotar) a Apollo 11.

O astronauta Frank Borman (Apollo 8), recém-chegado de uma viagem oficial à Rússia feita entre 01 e 10 de julho, foi encarregado de solicitar aos soviéticos informações sobre a Luna 15. Em resposta a um telefonema de Borman, Mstilav V. Keldysh, presidente da Academia Soviética de Ciências, respondeu com um telegrama no qual garantia que a sonda lunar não interferiria na missão Apollo 11.

   

Referências

https://www.rbth.com/history/330657-luna-15-secret-moonshot
https://www.washingtonpost.com/history/2019/07/19/soviets-tried-beat-apollo-they-crashed-spacecraft-moon-instead/?noredirect=on

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