A sonda israelense Beresheet foi lançada em 22-fev-2019, desde a base da USAF em Cabo Canaveral, por um lançador Falcon 9 B5 da SpaceX. Ela era a carga “secundária”, sendo que a “principal” era o satélite de comunicações geoestacionário PSN-6, da Indonésia.

A Beresheet foi desenvolvida pela instituição SpaceIL para divulgar o ensino e aprendizagem STEM (Science, Technology, Engineering, Math). Seu objetivo era pousar em nosso satélite natural: após lançada, ela entrou em órbita terrestre, e a cada órbita ela aumentava o apogeu. Este, na quarta órbita, estava tão distante e chegou tão próximo da Lua, que a nave foi capturada pela gravidade do astro e entrou em órbita lunar (04-abr-2019).

Nesse contexto ela tentou efetuar um pouso suave, mas problemas fizeram com que a desaceleração da nave fosse insuficiente, e ela impactou o solo lunar em 11-abr-2019. Fim da missão. Em agosto de 2019 foi revelado que a carga incluía … tardígrados! O impacto no solo destruiu a nave, e por decorrência, os tardígrados foram “liberados”, e passaram a habitar o solo lunar. O problema: tais organismos vivos são extremamente resistentes em condições adversas e provavelmente são os novos “habitantes” vivos da antes estéril Lua.

É importante citar que a Beresheet não foi a primeira nave a carregar seres vivos dessa espécie. Diversas outras sondas, inclusive voos tripulados, como as expedições à ISS, levaram a bordo várias espécies de seres vivos para realizar diversos estudos.

Referências
https://globalnews.ca/news/5730770/tardigrades-on-moon/
https://www.popsci.com/tardigrades-on-the-moon-alive/
https://www.bbc.com/news/newsbeat-49265125